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Os 100 erros mais frenquentes da Língua Portuguesa no meio empresarial. Parte 4


Penúltimo texto, amigos e amigas. Espero que tenham gostado até aqui.

Para chegar aos 100 erros, a revista digital EXAME.com consultou professores de português e também o livro de Laurinda Grion “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. De A a Z, confira os tropeços mais comuns e as dicas para nunca mais errar:


61 - Independente/ independentemente


Errado: Independente da proposta, minha resposta é não.

Certo: Independentemente da proposta, minha resposta é não.


Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O enunciado acima pede o advérbio.


62 - Insisto que/ insisto em que


Errado: Insisto que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.

Certo: Insisto em que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.


Explicação: O verbo insistir é transito indireto, quando objeto for uma coisa usa-se a preposição em e a preposição com aparece quando há referência a uma pessoa. Exemplo: Insisto nisso com o diretor.


63 - Junto a/ no/ ao


Errado: Solicite junto ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.

Certo: Solicite ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.


Explicação: As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam “perto de”, “ao lado de”. Não cabem na frase acima. Para você lembrar, não desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma dívida junto aos credores e sim com os credores Evite empregar a expressão “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conseguimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”, indica Vivien Chivalski, facilitadora do do Instituto Passadori – Educação Corporativa.


64 - Maiores informações/ mais informações


Errado: Caso precise de maiores informações, entre em contato conosco.

Certo: Caso precise de mais informações, entre em contato conosco.


Explicação: Conforme explica Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “maior” é comparativo, não deve ser utilizado nesse caso.


65 - Mal/ mau


Errado: Era um mal funcionário e foi demitido.

Certo: Era um mau funcionário e foi demitido


Explicação: Reinaldo Passadori, professor e CEO do Instituto Passadori, explica que mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber ouvir”.


66 - Mal humorado/ mal-humorado


Errado: Estava mal humorado e isso afetou a todos da equipe.

Certo: Estava mal-humorado e isso afetou a todos da equipe.


Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educaional, explica que as formações vocabulares com MAL- exigem hífen caso a palavra principal inicie-se por vogal, h ou l: mal-estar, mal-empregado, mal-humorado, mal-limpo.


67 - Mão-de-obra/ mão de obra


Errado: A falta de mão-de-obra qualificada é um dos gargalos da economia brasileira.

Certo: A falta de mão de obra qualificada é um dos gargalos da economia.


Explicação: Com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção) não se usa hífen, segundo Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori de Educação Corporativa.


68 - Meio-dia e meio/ meio-dia e meia


Errado: Entregarei o relatório ao meio-dia e meio.

Certo: Entregarei o relatório ao meio-dia e meia.


Explicação: O termo meio pode ter duas funções: adjetivo e advérbio, segundo explica Laurinda Grion no livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer). Quando advérbio, meio quer dizer “um pouco” e é invariável. Quando adjetivo, meio quer dizer “metade de” e é variável, ou seja, concorda com o termo a que se refere.


69 - No aguardo/ ao aguardo


Errado: Fico no aguardo da sua resposta.

Certo: Fico ao aguardo da sua resposta.


Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de”, segundo Laurinda Grion, autora do livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).


70 - No ponto de/ a ponto de


Errado: A demanda da chefia é tão alta, que estou no ponto de mandar tudo às favas.

Certo: A demanda da chefia é tão alta, que estou a ponto de mandar tudo às favas.


Explicação: Para dar a ideia de estar “prestes a”, “na iminência de”, use a expressão “a ponto de”, indica Laurinda Grion.


71 - O mesmo/ele


Errado: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.

Certo: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar.


Explicação: De acordo com Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “o mesmo” não serve para substituir uma palavra anteriormente dita. Quem está nas empresas, portanto, deve preferir os pronomes ele(s) ou ela(s), cuidando para adequar a partícula “se” à nova sentença.


72 - Onde/ em que


Errado: Vamos à reunião onde decidiremos os rumos da companhia.

Certo: Vamos à reunião em que decidiremos os rumos da companhia.


Explicação: de acordo com Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, reunião não é lugar e as palavras onde e aonde se referem apenas a lugares. Prefira “a reunião em que” ou “na qual decidiremos sobre”.


73 - O quanto antes/ quanto antes


Errado: Voltarei ao escritório o quanto antes.

Certo: Voltarei ao escritório quanto antes.


Explicação: Antes da locução adverbial “quanto antes” não se usa artigo definido “o”, diz Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.


74 - Parcela única/ de uma só vez


Errado: O pagamento será feito em parcela única.

Certo: O pagamento será feito de uma só vez.


Explicação: Parcela significa parte de um todo, diz Laurinda Grion. Logo se não há parcelamento, o certo é dizer “de uma só vez”.


75 - Por que / porque


Errado: Não a vi ontem por que eu estava fora da cidade.

Certo: Não a vi ontem porque eu estava fora da cidade.


Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica: porque é uma conjunção e serve para ligar duas ideias, duas orações. É usado ando a segunda parte apresenta uma explicação ou causa em relação à primeira. A forma “por que” é um advérbio interrogativo de causa e é usada quando pedimos por uma causa ou motivo. Caso mais incomum para o uso da forma “por que” é quando ela pode ser substituída por “para que”, “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, pelas quais. Exemplos: Lutamos por que (para que) a obra terminasse antes da inauguração. Este é o caminho por que (pelo qual) passamos.


76 - Porquê/ por quê


Errado: A diretriz mudou, não sei porquê.

Certo: Formas corretas: A diretriz mudou, não sei por quê. A diretriz mudou, não sei o porquê.


Explicação: Segundo explicação de Viven Chivalski, “porquê” substitui as palavras razão, causa ou motivo. É um substantivo e, como tal, tem plural e pode vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. A palavra geralmente é antecedida de artigo “o” ou “um”.


77 - Penalizado/ punido


Errado: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.

Certo: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.


Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir, indica Laurinda Grion.


78 - Por causa que/ porque/ por causa de


Errado: Não fui à aula por causa que está chovendo muito.

Certo: Formas corretas: Não fui à aula porque está chovendo muito. Não fui à aula por causa da chuva.


Explicação: O certo é usar “porque” ou “por causa de”.


79 - Por cento veio/ por cento vieram


Errado: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede.

Certo: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.


Explicação: Números percentuais exigem concordância.


80 - Precaver/ prevenir


Errado: É importante que a empresa se precavenha contra invasões.

Certo: É importante que a empresa se previna contra invasões.


Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações. No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precavemos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo.


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